16 CASOS NO ANO
Banco é atacado pela 4ª vez em Apuiarés
06.04.2014
Agência do Bradesco foi explodida por criminosos; delegado admite que crime está 'banalizado' no Estado
Mais um banco foi atacado por bandidos no Ceará. Em Apuiarés, a 111 km de Fortaleza, uma quadrilha explodiu o banco Bradesco da cidade. Pela quarta vez a agência é alvo desta modalidade de crime. Este é o décimo sexto ataque ocorrido a unidades bancárias no Estado somente neste ano.
Segundo a Polícia, aproximadamente seis homens fortemente armados, portando armas de grosso calibre, invadiram a cidade no fim da noite e explodiram o banco. A ação criminosa ocorreu por volta das 23h30 da última sexta-feira (4).
De acordo com as informações do encarregado da unidade de Polícia Civil de Apuiarés, inspetor Pedro Jakson, os indivíduos utilizaram um veículo Gol Prata, de placas HUO-1272, que foi queimado e abandonado na estrada que dá acesso à localidade de Vertente. Dois carros deram apoio à ação: uma Hilux preta e um Fiat branco. Os criminosos explodiram o banco mas não dispararam nenhum tiro.
No momento da ação, apenas dois policiais militares estavam de plantão na cidade. "É a quarta vez que o banco é atacado. As pessoas já estão quase acostumadas com isso", relatou o inspetor, sobre o clima da cidade entre os populares após o ataque. A Polícia está em diligências, tentando localizar os criminosos.
Banal
Em 2014 já ocorreram 16 ataques a bancos no Ceará. Para o titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Raphael Vilarinho, a modalidade de ataques e explosões a bancos está definitivamente banalizada, dada as facilidades que os criminosos encontram para executá-la. "Estamos fazendo estudos sobre essas ocorrências. Até o presente momento, trata-se de várias quadrilhas especializadas. O ataque a banco banalizou, lamentavelmente", concluiu.
Segundo Vilarinho, os trabalhos de investigação da DRF estão "adiantados" e prisões de integrantes dessas quadrilhas devem acontecer "em breve".
Postura
O delegado destaca que é necessária uma mudança de postura de outros personagens envolvidos indiretamente na ação contra os ataques. Em especial, as próprias unidades bancárias que, em sua visão, precisam se modernizar e apostar em equipamentos que possam auxiliar o trabalho da Polícia. "Estamos batalhando para que os bancos cumpram sua parte e coloquem circuitos internos de TV, aparelhos de segurança, equipamentos para subsidiar o trabalho da polícia, coisa que não tem ocorrido. Eles têm falhado na questão da segurança e é algo que estamos pressionando. Também o Exército, que fiscaliza a dinamite, tem que ser mais forte. Senão, fica tudo nas costas da polícia", declarou.
Levi de Freitas
Repórter
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