domingo, 1 de dezembro de 2013

Leia na íntegra a carta escrita por Maria Euzene:Policial Militar Acusada de ter matado dois jovens 
"A luta foi difícil, pois ser acusada de algo que eu não fiz trouxe muitos constrangimentos e transtornos, mas o que me tranquilizava era a minha consciência tranquila e a fé em Deus que sempre tive. Acredito que Deus me manteve equilibrada para enfrentar essa batalha tão árdua. Por diversas vezes achei que estava demorando demais terminar esse processo, mas hoje vejo que o tempo foi um ponto positivo, pois para se apurar um caso tão complexo necessitava de grande empenho das autoridades competentes.

Lágrimas eu derramei, pois diante de uma tragédia tão grande, não podia deixar de chorar, afinal sou ser humano e a comoção também me alcançou. Fiquei muito triste pelas vidas ceifadas, pelas acusações infundadas e pela tristeza que também alcançou minha família. 

Foi horrível, traumatizante saber do resultado da 1ª pericia, e sabendo do peso que aquele laudo representava, segurei na mão de Deus e por diversas vezes orei e pedi que a verdade aparecesse e que as acusações e medos cessassem. Tive medo de ser presa injustamente, de prejudicar minha vida para sempre e de perder a esperança.

Passei por uma provação na minha vida, mas saio mais forte, onde aprendi quanto é importante ter paciência e não abalar minha fé. Não estou extremamente feliz, pois felicidade seria se nada disso tivesse ocorrido, pois todos os envolvidos tiveram perdas, claro que nada se compara com a perda das vidas. 

Gostaria de tecer um elogio à CONTROLADORIA GERAL DE DISCIPLINA DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA E SISTEMA PENITENCIÁRIO CGD e à DAI – Delegacia de Assuntos Internos, pelo trabalho realizado com todo cuidado nas ações e transparência e dizer que tenho o desejo de que seja devidamente apurada a conclusão inverídica do 1º Laudo, com a punição dos responsáveis, para que se evite que outros inocentes passem o que eu passei e agradecer a todos os profissionais que trabalharam na busca da verdade real, onde o único objetivo foi fazer justiça e não condenar um inocente. 

Por fim quero agradecer ao meu advogado (Artur Feitosa Arrais Martins) pela dedicação ao caso e demonstração de vocação pela profissão que demonstrou durante essa árdua luta pela justiça".

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